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sábado, 4 de maio de 2013

INDIFERENTE

Cuidei de um paciente que estava mais uma vez em estado grave, mas consciente quando se anunciava a visita do filho reagia com altivez dizendo que ele não era seu filho e que se parecia com ele porque era filho de um primo dele. Descobrimos mais tarde que se tratava de um grande proprietário de terras.
Nosso hospital era dirigido por freiras, tínhamos um padre capelão que visitava regularmente os pacientes deixando assinada uma planilha de controle, não vendo a assinatura ao reencontrar com o capelão lhe disse: 
-Bom Dia! 
Ele me interrompeu e foi logo dizendo: 
-É sobre o Manoel, não perca seu tempo já dei estrema unção três vezes, ele é um caso perdido, crônico e só atendo urgência. 
Muito suado e cansado me deixou no corredor sem que eu pudesse falar.
Esses casos de família são bem comuns, irmãos sem motivos nenhum nunca se entenderam, se afastam sem nunca mais se procurar, razão de grande desgosto para os pais.
Assim como tem pessoas tão indiferentes nas questões religiosas que dão conselho aos evangélicos dizendo: 
-Vocês deveriam ter um pouco de consideração, pois jogam todos os erros de faltas dos outros em Adão e Eva,  isso não é justo.
Ao mesmo tempo em que estamos no caminho da luz sentimos o quanto é importante nossa visão interior, em torno de nós mesmo, buscar a paz e o entendimento.
Saber que após a morte do corpo teremos a revisão de nosso arquivo consensual, uma segunda morte espiritual e o retorno sem lembranças de um passado. 
Devemos entender que o grande mestre Jesus Cristo foi justo ao dizer que para muitos não haverá sinais o que corresponde á falta de amor ao próximo.